couve-flor tronco e membros


ATA- REUNIÃO – 19/08/06
agosto 22, 2006, 12:23 am
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Stéphany Mattanó

Começamos a reunião de sábado eu e a Michelle e o aperfeiçoamento das nossas receitas de molho de tomate, além de conversas sobre o vídeodança. Comentamos da sobrecarga de funções para o nosso colega Gustavo, e a inviabilidade de ter perfeição nas tarefas, uma vez que elas estão mal distribuídas. Tudo isso porque para nós, eu, Neto e Mi, notamos que faltaram informações no postal que foi rodado para quinta-feira passada (Lançamento do Documentário da Cris). Notamos que faltou a data da FNAC, a logo da Tempo Arte, o nome do “Couve-Flor – Minicomunidade Artística Mundial” e os nossos nomes. Chegando o Gustavo, a gente passou estas informações à ele. Em seguida, chegou a Cris e comentamos sobre o seu documentário. Vale deixar registrado aqui que no dia de pré-estréia, o cinema lotou e o público teve que sentar no corredor do cinema.
Logo iniciamos uma discussão sobre a cara da dança contemporânea brasileira. A Michelle nota que em geral, as produções brasileiras ainda possuem um “desenho” europeu, uma vez que o que temos como referência de “qualidade” as produções que tem mais circulação e incentivo, no caso, as produções européias para esta área. Este assunto deu pano pra manga, gerou muitas formas de pensamento diferentes, discutimos conceitos de comunidade e colonialismo na arte. Lembrei que este era um assunto que o Xavier Lê Roy trouxe em seu workshop também.
A Cris comentou da possibilidade do The Performance Journal publicar o seu artigo que relaciona a Dança Contemporânea sobre a fenomenologia de Merlot Ponty. Os trabalhos analisados para este artigo são da companhia da Lia Rodrigues e da Sarah Michelson. Cris ainda comentou dos estudos do filósofo Olavo de Carvalho e da influência que ele teve sobre ela no estudo da filosofia.
14:40 Orlando (que vai fazer o som do Lançamento) chega. Imediatamente paramos com nossos assuntos filosóficos e nos apresentamos ao rapaz. Explicamos quem eram e como surgiu o Couve-Flor. Ele comentou de suas experiências com o Interlux Arte Livre. Comentou que o coletivo deles foi criado pensando num grupo de artistas que estivesse aberto para a contaminação de outros artistas e idéias em suas ações. Falou de como o grupo foi se fechando ao passar do tempo, talvez como medida de se manter forte. Mas o que interessa para ele é esta troca de idéias. Disse de uma experiência realizada na UFPR, em que os artistas transmitiram através de teleconferência para outros países suas ações em uma sala. Estas ações eram relacionadas basicamente às artes visuais, mas imrpovisadas, semelhantes a uma JAM Session.
Cris explicou para Orlando como funcionava seus dois trabalhos: O “Pílulas de Deslocamento” e o “Lips” para ação no Jokers.
Começamos portanto o assunto Lançamento.
Cogitamos a possibilidade de um sistema Wireless para um único laptop que transmitisse a Beth conectada, seja lá via MSN ou outra coisa do gênero. Michelle mostrou um flyer de uma festa que conectava 50 países (222 cidades) no sistema transmissão de imagens ao vivo.
Orlando pergunta: qual é a proposta de vocês para a festa? No que eu posso ajudar? Em que tipo de som vocês pensam?
Cris fala de seu gosto por Clementina de Jesus e Clara Nunes. Gustavo comenta que é interessante um som sem vocais que abra espaço para as pessoas conversarem no ambiente.
Orlando fala de seu estudo sonoro de criar ressonância no ambiente para fazer com que as vozes das pessoas entrem também em ressonância com o som. Para isso, ele utiliza um sintetizador que abaixe as freqüências sonoras até atingir esta ressonância. Ele diz da relação física da temperatura do ambiente e o resultado desta ressonância. Quanto maior a temperatura, maior a ressonância nas pessoas. Orlando ainda ressalta que é possível modificar o estado das pessoas com o uso da ressonância. Gustavo sugere que se brinque com melodia e ressonância e melodia juntos.
Michelle confirma a informação à todos de que não estará aqui em Curitiba no dia do lançamento. Todos soltam a interjeição: Ah! Ela explica que estará trabalhando no ConsCiência com o Jorge. Mas ela gostaria de participar de algum jeito. Eis que ela sugere que seja gravada uma mini-coreografia que fosse transmitida em algum momento na hora do Lançamento. Estudemos então a viabilidade disso.
Enquanto saboreia os biscoitos de polvilho e o delicioso café aromático da Michelle, os “couves” voltam à pauta do dia.
Com relação ao site, Gustavo faz um juramento diante de uma couve pink, que deixará os todos os links disponíveis até quarta à noite, ou seja dia 23 de agosto. No espaço Parceiros, Gustavo pensa em colocar os parceiros do projeto Couve-Flor tronco e membros bem como os apoiadores de cada trabalho do couve. No espaço Links, Gustavo quer dar uma melhorada, subdividindo os itens por assunto.
Neto chega nesta parte da conversa Site e sugere que os links em que as pessoas podem participar seja mais chamativo. Ele ainda retoma o assunto do que faltou colocar nos postais que foram impressos. Voltamos ao assunto dos postais e o que poderia solucionar esta falha. A Cris sugeriu que fosse feito um carimbo (tipo selo do postal) com as informações do evento da FNAC. E os nomes fossem colocados com etiqueta ou carimbo também. Ainda acha importante levar um material deste (postais) em inglês para NY, para que as pessoas de lá participem. Todos acharam a idéia excelente. Gustavo se responsabilizou por verificar preços de carimbos e etiquetas na Gráfica que fez os postais na semana que vem, pois nesta devemos focar no Lançamento.
Cris retomou assunto Pílulas de Deslocamento, e de que a ação deveria acontecer antes do Lançamento. Então temos que dividir a função das atividades da semana para todos os membros do couve, para que fique viável estas duas ações Pílulas na quarta e Lançamento na quinta. Eu, Stéphany, me propus a ajudar a Cris na fabricação dos kits pílulas. Esta função ficará para terça-feira à noite na casa da Cris. Cris duvida em ter que colocar o nome do couve no pílulas, pede nossa opinião e sugerimos que permaneça a idéia original de ter um e-mail para contato só. Então, como a Cris já vai estar empenhada no Pílulas, aconselhamos que deixasse o Lips para fazer em outra data, não mais no lançamento, pois a entupiria de funções e ela talvez não conseguisse curtir a nossa festa maravilhosa. Eis que a Cris faz o convite para todos acompanharem o “nascimento” coreográfico do Lips antes que ela viaje. Todos presentes dizem sim, exceto Orlando que se concentra em tirar fotos do triciclo da Michelle.
Assunto Porto Alegre. O Neto diz que o Marco Filipino precisa que seja passado o orçamento do projeto para ele, para que ele já reserve o teatro e hotel. O orçamento está com o Ricardo, então estamos esperando sua volta para resolver esta pendenga. Mas o Marco já está correndo atrás dos lugares só precisa do valor para fechar mesmo. O Marco estará em Curitiba dia 07, 08, 09 e 10 de setembro. Sugerimos que seja feita uma reunião com ele e com os couves que estarão em Curitiba. Ricardo, Gustavo e Stéphany. Mi e Neto estarão em Araraquara.
Gustavo e Neto se responsabilizaram em contactar a imprensa esta semana para o Lançamento.
Precisamos contatar a Juliana que se mostrou super disposta a nos auxiliar na produção do couve em Curitiba. Ela pode nos ajudar na divulgação do Lançamento também.
Fechamos a reunião retomando mais referências de som para que o Orlando trabalhe. Michelle cogitou trip hop, DNB (Drum Bass). Orlando diz que pode trazer o PC dele embaixo do braço e distorcer os sons do ambiente e da rua na hora. Todos acharam ótimo.
Michelle grita: Tenho que ir para a aula do Osman. Todos saem correndo, cada um pro lado. Exceto Eu Gus e Orlando que continuamos juntos. Tiramos fotos das couves pinks no sacolão de frutas, na estátua da freira da Rui Barbosa, no poste e depois fomos embora, pois não tinha mais espaço de memória na câmera do Orlando. Orlando nos prometeu em passar as fotos, mas ele precisa achar o cabo de sua máquina antes.



Ata – Reunião – 05/08/06
agosto 7, 2006, 2:26 am
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Gustavo Bitencourt

A reunião foi na minha casa. A Cris já tinha avisado que não poderia vir, mas fez uma participação breve por telefone, sugerindo como pauta duas questões: a verba para a realização do Pílulas e o lançamento.

De início a Stéphany propôs que falássemos do que cada um tinha se proposto a fazer na semana passada. O Neto falou de sua conversa na FNAC, eles pediram que propuséssemos algumas opções de data para a realização do evento em setembro. Aí discutimos um pouco sobre isso. Eu achei legal que reservássemos a primeira semana, pois aí faríamos o lançamento lá, caso a gente não encontrasse outro lugar para 25 e 26 de agosto. Bom, o Neto e o Ricardo insistiram em deixar o evento da FNAC para o final de setembro, para que possa servir como uma espécie de acompanhamento do nosso trabalho – poderíamos fazer algo a cada mês, por exemplo. Assim, teremos que realmente conseguir algum lugar ainda para o final desse mês. Algumas sugestões foram: o Jokers, o Jean Pierre Lobo, o Beto Batata (que todo mundo achou que é caro e pequeno, meio que descartamos a hipótese), a Lamb. Aí conversamos sobre os assuntos que a Cris tinha proposto.

Sobre o Pílulas o Ricardo já tinha incluído no novo orçamento os valores que a Cris passou por e-mail. Sobre o Lips a nossa dúvida foi se a Cris teria ou não interesse em fazê-lo, e qual seria a viabilidade dele em outro espaço. Bom, tentei ligar pra Cris, mas não tava atendendo. Mas a idéia, caso não role o Lips seria agendar um dia só, ao invés de dois. Nesse caso, o lançamento contaria com alguns computadores para que as pessoas tivessem acesso ao site, exibição em vídeo dos registros do Pílulas e a sugestão do Neto foi para que houvesse um horário definido para um bate-papo, para que a informação não fique muito difusa. Isso não impediria, lógico, que se continuasse a conversa depois. Comentou-se também que o processo da Cris está um pouco fechado, e que não encontramos muitas vezes espaços de acesso, para criarmos coletivamente.

Bom a Michelle e o Neto vão levar essa proposta ao Jokers e ao Jean Pierre Lobo na segunda-feira. Aí começamos a discutir as datas prováveis das apresentações. O Ricardo reprisou as informações que ele tinha passado no último post. Comentou também que a Keyla mencionou que dia 10 seria legal para estarmos lá, pois ela vai estar produzindo outro trabalho lá da cooperativa de SP, e que talvez fosse uma forma de criar um diálogo. Ela falou ainda que tem dois espaços disponíveis para as apresentações: o Ambiente, que a gente já conhece, e um teatro com 250 lugares, com palco italiano. Ela disse que o espaço não é muito utilizado para dança pq o o pé-direito do palco é muito baixo (+- 3m). Precisava de uma resposta o mais rápido possível sobre que espaço queremos para poder agendar. Ao que parece, a preferência maior foi pelo Ambiente, apesar de não se enquadrar a nossa proposta inicial de um teatro convencional.

Aí o Neto também contou que conversou com o Marcos lá de Porto Alegre, que se dispôs a fazer a nossa produção por lá. Voltando à decisão das datas. Depois de muita cogitação sobre qual seria a melhor ordem para o itinerário, ficamos com o seguinte: Porto Alegre – 9 a 12/11, Belo Horizonte – 16 a 19/11, Curitiba – 23 a 26/11. Discutimos também muito sobre fazer 3 ou 4 dias em cada cidade, pois um dia a menos reduziria muito os custos. No entanto optamos por 4, pois seria mais fácil de trabalhar, pois serão menos pessoas do que no Mostra Tudo, para dar conta de mais tarefas, e de qualquer forma teremos de realizar 7 ‘apresentações’ nesse período.

A Stéphany então falou sobre a pesquisa na Fundação Araucária, que tínhamos cogitado também para a produção do catálogo. Realmente havia um novo edital, mas que era específico para os projetos que não foram selecionados no edital anterior. Aí falamos sobre o Fiat Mostra Brasil, e a Michelle comentou, que pelo que ela leu no edital não achava viável produzirmos o catálogo por lá, pois o edital trazia menções muito específicas a produção artística e não registro. Aí o Ricardo deu a idéia de mandarmos o projeto do vídeo ao invés do catálogo. Assim seria liberada alguma verba do projeto para isso. Fiquei de me informar com o pessoal da Fiat se há a necessidade de ser um apoio exclusivo, ou se podemos depender de outras verbas. E de qualquer forma o que tínhamos orçado pro vídeo é em torno de 4500 reais e para o catálogo não se gasta menos de 10 mil, assim isso aliviaria um pouco, mas permanece o problema.

Bom, sobre os ensaios, reprisei o que eu tinha falado no meu último post. Ficamos então combinados de ensaiar, enfim, na Honjo, essa semana, terça-feira às 19h. Isso só enquanto não se resolve a situação de um espaço fixo.

Bom, depois mostrei pras pessoas o que eu tava pensando pro site e pro layout do catálogo. O Neto deu uma sugestão muito legal que vai facilitar a acessibilidade: colocar já no início um menu separado, com todas as possibilidades que o usuário tem de participar do projeto, seja pela lista, ou comentando coisas do blog, ou enviando artigos ou notícias, ou participando da ação “o que vc tem de seu para doar”. Aí fomos terminandinho, falando de outras coisas etc.
Aí o Neto e a Stéphany ficaram arrumando toda a cozinha do almoço, coisa mais amável que podiam fazer, fiquei feliz demais depois.

Epílogo:

Liguei para a Cris mais tarde, e conversamos sobre o que foi dito na reunião. Bom, sobre o Pílulas tudo ok. Quanto ao Lips, ela não se mostrou disposta a fazer como instalação, pois além de ser um custo alto para um projeto recém-iniciado e de cunho pessoal, ainda corre-se o risco de ficar com cara de algo acabado, e não é essa a idéia. Mas ela se disporia a fazer algo, utilizar alguns dos elementos coreográficos do Lips no lançamento, pensando diretamente sobre o espaço em que vai ser realizado. Além disso também seriam exibidos os registros do Pílulas. Conversei um pouco sobre aquilo de o processo estar muito fechado e pronto, e ela concordou, também tem a necessidade de conversar mais com a gente. Mas ainda não pôde se dedicar direito a isso e pensa em começar a se dedicar mais a esse processo a partir da próxima semana.



Ata – Reunião – 29/07/06
julho 31, 2006, 4:16 am
Filed under: ATAS

Gustavo Bitencourt
A reunião aconteceu na casa da Stéphany. Ao meio-dia em ponto tava todo mundo lá, menos eu que cheguei uns 20 minutos atrasado. Logo depois do almoço (um capeleti que todo mundo insistia em chamar de “macarrão” + frango assado delícia + farofinha + bolo), falamos um pouco sobre a ação que aconteceria (e aconteceu) no dia seguinte. Marcamos horários, definimos um pouco mais qual seria a estrutura, o roteiro, e principalmente nossa atitude e o que queríamos com isso.

Falamos também sobre o blogue, sobre isso que a Cris Bouger tinha mencionado aqui, que determinadas coisas deveriam ser deixadas de fora para que não fique chato para quem está lendo. Eu e o Ricardo nos opusemos novamente por acreditarmos que tudo é parte do processo criativo e que tudo está vinculado. A Michelle e a Stéphany concordaram que a leitura fica um pouco confusa. Assim, chegamos a um consenso que é o seguinte: 1. devemos ter a consciência de que o que é escrito aqui é público e devemos pensar em formas de deixar o texto mais acessível, 2. ao postar, tentar fazer na medida do possível o que o Ricardo tem feito, que é dividir os textos por assuntos, assim fica mais fácil para quem for buscar algo específico, 3. retirei a categoria “processos” que englobava “fotos”, “vídeo”, “performance”, “ações” e “burocracia”, desta forma evita-se que quem vá buscar processos tenha que ler absolutamente todos os posts.

A Cris, como já havia avisado, teve que sair mais cedo. O Neto teve que dar uma saidinha e voltou depois. Assim, eu, o Ricardo, a Michelle e a Stéphany, conversamos primeiramente sobre os contratos, que ainda não foram assinados. Sobre o contrato com a Aspart, ao que parece, a Michelle Porto iria ver sobre a inclusão de mais uma cláusula, então ainda dependemos disso para ter o texto final. Sobre o nosso instrumento de participação mútua, todos precisamos assinar e reconhecer firma. Assim, o que ficou combinado é que passaria de mão em mão e cada um se encarrega da sua. Outra coisa é que como não tínhamos nos afiliado à Aspart no começo do ano, ao repassar o dinheiro para a nossa conta, a Michelle Porto já descontou ali o equivalente às mensalidades de março a junho, em torno de 50 reais para cada um. Como foi uma comida de bola nossa, achamos justo que isso seja descontado dos nossos cachês e não do projeto.

Em seguida, passamos ao novo orçamento que o Ricardo fez, levando em consideração as despesas obrigatórias e outras mais flexíveis para que pudéssemos ter idéia de quanto temos disponível para o trabalho. Bom, sobre isso acredito que ele pode enviar o orçamento para todos, mas vou dar uma explicada geral. O que temos agora em conta é em torno de 72 mil, considerando que já foram retiradas as primeiras parcelas dos cachês, o da Cris integralmente, os 5% da Aspart, as mensalidades e alguma CPMF. Ou seja, vai que nem água.

Revimos algumas despesas obrigatórias, como hospedagem, passagens, local para apresentações, local para ensaios. Com tudo isso ficamos com aqueles 4500 para o vídeo, em torno de 3000 para a produção do espetáculocoisatroço, em torno de 3000 para a divulgação (incluindo os cartões-postais, um programa, cartazes, e ficamos em dúvida sobre fazer ou não filipetas. Eu considero filipeta um instrumento importante para as produções locais. Me comprometi a fazer esta semana um orçamento bem detalhado disso).

Sobre outros profissionais, pensamos, como já havia sido mencionado, na Ale Haro para ser a nossa fotógrafa oficial. Quanto ao trabalho dela não tem dúvida, é muito bom, mas o que temos disponível para imagens não é muito, assim pagaríamos em torno de 700ão, quantia que a assustou um pouco. Ainda pensamos em ter um assistente de produção em Curitiba também, pois talvez agora não esteja tão complicado, mas lá pelo início de outubro estaremos completamente loucos com o tanto de atribuições e será necessária uma pessoa que possa dar conta de ir atrás de algumas coisas, dar telefonemas, etc. Não definimos ainda quanto poderíamos pagar, mas seria algo em torno de 700 reais. Revimos também o que seria pago ao assessor de imprensa, algo muito importante se pensarmos em divulgação nacional. No primeiro orçamento pensamos em 1500 reais pelo trabalho, o que nos pareceu agora inviável, então colocamos 2000.

Bom, com todas essas proposições o orçamento chegou a 92 mil reais (é claro, incluindo o que já foi gasto), e não temos dinheiro nem para o catálogo e não teremos cachê em novembro, coisa que já havia sido prevista, mas que achamos que seria possível achar uma solução.

Aí passamos à questão, agora ainda mais urgente, dos apoios. O Ricardo sugeriu uma divisão de tarefas bem clara para a obtenção de apoios. Fiquei responsabilizado por buscar apoios totais/parciais junto às gráficas. A Stéphany ficou encarregada de pesquisar editais junto a fundações e instituições privadas que possibilitem suprir as áreas que ainda estão sem grana (p. ex., se houver um edital para apoio em passagens, ou como o Fiat Mostra Brasil que pensamos como alternativa para a produção do catálogo). Falta alguém que possa fazer esse tipo de pesquisa junto ao poder público. O Ricardo ficou de ver coisas em âmbito estadual (secretarias).

Aí nesse ponto mais ou menos chegou o Neto, que ficou responsabilizado pelo contato com a produção local em Porto Alegre. Neste ponto falamos também sobre o site. A Cris havia me falado que vai ter no começo da semana uma resposta do apoio para registro e hospedagem do site. Eu comentei da urgência de registrarmos assim que possível um endereço de fácil acesso (tipo http://www.couve-flor.com, que por acaso ainda está disponível). Pesquisei um pouco e encontrei uma promoção. O registro é gratuito se pagarmos a hospedagem referente a um ano. A mensalidade de um plano que nos serviria é em torno de 24,90. Assim, se a Cris tiver uma resposta negativa, optamos por assinar este plano já, e por dois anos, já pensando na continuidade do projeto.

Bom, aí fomos para a pintagem das couves, e quanto ao restante da história, uma imagem vale mais que mil palavras.



Sobre BLOG, resposta à ata e filmagem da “Noivaction”
julho 25, 2006, 7:08 pm
Filed under: AÇÕES, ATAS, VÍDEO

Stéphany Mattanó

Olá à todos
Pra começar, gostaria de deixar resgistrado aqui a minha insegurança para utilização deste blog. Primeiramente, não sei se todo mundo vai clicar lá no vídeo para ver minha mensagem nova. Não sei se neste blog tem o recurso de avisar por e-mail de todos aqui as ”ultimas postagens” do blog.
Mas então tá lá “vídeo”, mas ainda não sei categorizar a parada, e acho ruim que tenha uma cópia do mesmo texto em várias áreas…Daí eu leio tudo denovo…Por que nós mesmos não escrevemos separado por assunto?
Como resposta à ata, creio de nossa “bagunça”, segundo o Gustavo (e que eu não concordo que seja) foi muito produtiva. As couves pintadas de spray pink escureceram no dia seguinte da aplicação. Ficou ótimo.
Como eu havia prometido, fiz alguns experimentos de vídeo com as couves. Levei elas até o Anhagava, veja só, e simulei elas saindo da floresta. Tipo animação. Resultado: Esta idéia de fazer couves se encontrando precisa de uma opinião técnica de quem trabalha com animação antes de sair filmar, para não ficar gastando fita e diária da câmera à toa. Eu vi que esta história de animação é complicada e leva uma tarde toda para fazer. Mas também acho super divertido. Vou explicar melhor.
Eu preciso pegar as imagens como se fossem fotos das couves, ok? Vou movendo elas até elas se encontrarem. Vou tirando um frame de cada posição. Mas o pulo do gato é não mexer no tripé e movimentar bem as couves, sacaram?
E não deu tempo de fazer uma cena inteira com as couves ainda, galera, ainda mais porque nos dias seguintes, ela já havia murchado mais um pouco e ficado um pouco mais escura tb.
Mas a produção deste filminho precisa ser melhor pensada. Senão vai ficar tudo “trash”. Penso tamb’m em endurecer as folhas laterais com spray de cabelo. Ah, ofereci a minha casa como ateliê na fabricação de couves na última reunião.
Ainda, com relação à câmera, na reunião vimos o modelo de câmera que a Cris filmou o documentário dela. É 3CCD, compacta, bacana. R$ 1475.00. Acho um bom preço, e temos que pedir o quanto antes. Temos que sacar esta grana e depositar na conta da BH Photo e Vídeo, que fica em NY, daí eles mandam pra gente.
Com relação à edição. Acho bom já decidirmos Mi, onde faremos esta edição, pois já gostaria de ir testando coisas em edição. Eu opto pelo Pablo, que além de eu conhecer a ilha, tem uma maior flexibilidade de horas para edição e tá afim de “abraçar” o projeto. Ah, ele falou se fecharmos com ele, ele empresta uma câmera compacta para fazermos os registros e que fique com a gente até a outra chegar.
O Henrique vai ficar um mês no Rio de Janeiro trabalhando num documentário que a Letícia Sabatella e o seu marido fizeram sobre uma tribo de índios lá do maranhão. Mas também pode te dar dicas daí, pois ele vai estar próximo à você, Mi.
Você comentou que aí no Rio tem alguém que quer editar também? Como é o esquema? Que tipo de ilha a pessoa tem?
Se definirmos onde vai “morar” nosso projeto, posso pedir pro Pablo filmar a performance de sábado, que ele tem este dia disponível. Ou ainda, incluir a diária da câmera no pacote de locação, edição, etc. A Cris sugeriu que a Luan (amiga dela) filmasse, pois já trabalha com a Cris e ela aprova seu trabalho.
Então minha gente, precisamos definir várias coisas. Dentre elas, o trajeto que as noivas irão realizar. Na reunião, sugeri, que passássemos por lugares típicos de fotos de noivas, tipo Jardim Botânico, Parque Barigüi, estátua da Havan. A Cris ostrou sua preferência por ruas, tipo XV de Novembro, ou outras ruas da cidade. Então precisamos de sugestões e fechar este roteiro.
Álém disto, precisamos ver se sábado não irá chover (pois são imagens externas, e não podemos sair na chuva de noivas, pois Nelson Rodrigues rolará no túmulo) e o horário que a galera pode. Eu prefiro de manhã, pois se alguma coisa der errado, podemos avançar a tarde para fechamento das imagens. O que vocês acham? Eu sugiro aqui em casa como ponto de encontro para saírmos. Ah, o Neto disponibilizou seu carro para a ação. Alguém mais?
Esta ação resgistrada poderá servir de vinheta, de chamariz para o nosso trabalho se ficar bem feitinha. Além das fotos da Ale se ficarem boas (não duvido disso), poderão ilustrar nossos cartões postais, site e outros materiais gráficos pra frente.
No mais é isso:
Resumo dos assuntos: bog, animação couve, dim-dim da câmera, ilha de edição, roteiro dos lugares para a Noivaction, e…
MEUS PARABÉNS AO NOSSO BLOG!!
P.S. Eu tenho um assunto para tratar sério com todos os couves, o Gustavo já comentou, mas vou esperar nosso próximo encontro para falar.
Beijos



Ata – Reunião – 22/07/06
julho 24, 2006, 8:01 pm
Filed under: ATAS

Gustavo Bitencourt

A reunião aconteceu na minha casa, e começou por volta das 13h30. A stéphany chegou à uma em ponto, e ficamos arrumando as coisas pro almoço (que foi bem mais ou menos, desculpa gente) e escutando Marli (http://www.marli.cjb.net/). 

Estivemos presentes eu, Stéphany, Neto e Cris. Como não conseguimos encontrar o Ricardo, não tratamos de alguns assuntos que dependiam da presença dele.

Ah, a Stéphany e o Neto tem um lance pra contar pra vocês.

Mostrei para eles em que ponto estava o blogue, deram algumas sugestões, e agora está aí.

Outro assunto abordado foi o lançamento: o Neto ainda não teve uma resposta da FNAC, pois a responsável pelos eventos saiu de férias, e só repassou o projeto para o financeiro no final da semana passada, ou seja, atrasou todo o processo. Sobre o Museu mais ou menos a mesma coisa, só poderemos marcar a reunião a partir desta semana agora.

Quanto aos ensaios, também não obtive resposta lá no Solar. Ou seja, ainda estamos sem lugar para ensaiar esta semana. Vamos nos agilizando, vou perguntar lá no Odelair.

Falamos também um pouco das nossas idéias para o lançamento, como seria de fato esse ambiente, e predefinimos as datas de 25 e 26 de agosto. Também foi um consenso o clima que deveria ter: uns 3 ou 4 computadores para que as pessoas possam navegar no site, e um ambiente informal, que deixe clara a nossa postura de que esse lançamento é na verdade um convite para a construção do processo. Com esses computadores na entrada (em um hall ou algo assim, dependendo do espaço que conseguirmos) as pessoas ficam livres para navegar no site, entrar no ambiente da performance-instalação da Cris, trafegar entre uma coisa e outra, e é importante que estejamos ali disponíveis para conversar, responder às dúvidas etc.

Bom, em algum momento, não lembro direito quando ou por parte de quem, pintou a idéia que virou uma pauta para o resto da reunião: uma ação que realizaremos esse próximo fim-de-semana, de preferência no sábado (28/07). Todos nós (Mi, você vai estar aqui?) vamos sair vestidos de noiva, carregando buquês de couve-flor pink.

A idéia era inicialmente o registro fotográfico dessa ação, e pensamos na Alessandra Haro para fazer isso, e aí já convidá-la para ser nossa fotógrafa oficial também. Mas ái já pintou a idéia de filmar também, e em algum momento, foi a Stéphany acho, que mencionou que isso seria também uma espécie de celebração, um casamento entre a gente. Eu, que odeio casamento, já fiquei com um pé atrás.

Bom, para que isso aconteça, vamos precisar conseguir 6 vestidos de noiva (a Beti vai ficar solteira lálalalá). O Neto ficou de ver no Guaíra, a Stéphany no Abração, eu vou ver com o George Sada (porque a Stéphany tá devendo uma fantasia de zebra no George Sada desde que eles começaram a ensaiar o Solução).

Bom, o Neto teve que sair mais cedo. Fomos eu, a Cris e a Stéphany no shopping comprar spray pink e couve-flor pra fazer um teste. Foi uma peregrinação pra achar uma tinta pink, compramos uma meio rosa fluorescente e testamos. A pintura ficou excelente, só a cor que era um pouco demais. A Stéphany ia fazer uns testes com a couve em vídeo no domingo.

Tá vendo, Ricardo? Você não aparece a gente só fica fazendo bagunça.

Baci a tutti.



Ata – Reunião – 15/7/06
julho 20, 2006, 7:27 am
Filed under: ATAS

Gustavo Bitencourt 

Ata – Reunião – Sábado, 15/07/06.

A reunião começou ao meio-dia, na casa da Stéphany. Cheguei em torno de meia-hora atrasado, por razões romântico-afetivas, então não sei exatamente do que o povo estava falando até então.
A Stéphany fez um macarrão bem gostoso. O Ricardo estava acabado, numa ressaca absurda, conseqüência de um processo que eu acompanhei, em parte, na noite anterior.
Depois do almoço fomos para o quintal, sentamos numas esteiras e ficamos papeandinho. A reunião se dividiu mais ou menos em duas partes.

Questões práticas

Falamos dos espaços para apresentação e ensaios, e também sobre a idéia de comprar uma câmera, que servisse tanto para o registro do processo de ensaio, como para as apresentações, registros do Pílulas de deslocamento, e também para o vídeo.
Sobre os espaços para ensaio, expliquei que as salas do Guaíra não estão mais sendo locadas e que o Espaço 2, que havíamos também cogitado, não estava disponível nos horários que precisamos. Cogitamos então outros espaços, como o Teatro Londrina, o Solar do Barão, a Casa Andrade Muricy. O maior problema de todos esses espaços parece ser o fato de que estão vinculados à Fundação Cultural, o que no meu ponto de vista dá um ar institucional para o projeto, mas não seria problema se fossem usados para os ensaios.
Concordamos que o melhor seria tentar estabelecer uma parceria com o Museu Oscar Niemeyer, propondo que tudo aconteça lá: os ensaios, as apresentações, o lançamento do site, a performance da Cris. Ficou combinado que o Neto, que já tem contatos lá por causa do Mobiliário, iria marcar uma reunião, e que alguns de nós que tenham disponibilidade devem ir junto.
Paralelamente, nos comprometemos em buscar outras alternativas, eu me comprometi a conversar com o pessoal do Solar, para os ensaios. Alguém iria ver o Londrina, e nos informaríamos sobre outros espaços da Fundação, pois eles serão agendados por meio de edital, que ao que parece já está aberto.
Quanto à idéia de comprar uma câmera – que havíamos cogitado durante o encontro sobre o espetáculo, na semana passada – questionamos se ela poderia realmente servir aos propósitos de todos. A idéia parece boa, pois poderíamos ter registros de várias coisas, desde reuniões, até apresentações finais. Porém, comprar uma câmera, pensando em uma câmera doméstica, de uns 2 mil a 2.500 reais, não valeria a pena se não servisse também ao vídeo, reduzindo os custos com locação de equipamento. A Stéphany ficou de pesquisar se existe alguma câmera com uma boa resolução e qualidade que estivesse nessa faixa de preço, mas obviamente não seria uma câmera profissional, que custaria mais de 10 mil. Nesse ponto, questões práticas começaram a se juntar a questões teóricas, pois para pensar nisso era preciso entender o que se busca com o vídeo, em termos estéticos.

Questões teóricas

Conversamos mais um pouco sobre o vídeo, quais seriam as necessidades e o que se propõe exatamente, como linguagem. Conversamos também um pouco mais sobre o que foi o nosso primeiro encontro para falar sobre o espetáculo. Traçamos paralelos entre o que estamos nos propondo a pesquisar (corporalidade/corporeidade, corpo-território, território nas relações afetivas, violência) e o que a Cris propõe com o Pílulas e com a instalação-performance inaugural.
Encontramos pontos comuns no que se refere à relação entre corpo, afetividade e território. A Cris também se interessa por afetividade, e está interessada principalmente em espaços de ausência. Para isso parte de uma perspectiva fenomenologista, como a de Merleau-Ponty, e de conceitos como o de visível e invisível.
A Stéphany deu o exemplo de quando a gente trepa com alguém, como o corpo demora para absorver a ausência do outro. Esse exemplo se relaciona muito à proposta da Cris.
Do meu conhecimento bem escasso sobre o assunto, mas com base no que o Neto e a Cris falaram sobre o Merleau-Ponty, me opus ao dualismo dessas idéias, e também à existência de uma espécie de essencialidade das coisas, pois não acredito que existam coisas por si só.
Mencionei que uma questão que já está aparecendo, e que talvez seja um ponto de união entre tudo o que estamos produzindo, é a autoria. Falamos sobre o que seria autoria, qual ou quais as diferenças entre uma assinatura pessoal e uma assinatura coletiva, como a do Couve-flor. A Cris e o Ricardo ressaltaram a impossibilidade prática de levar a sério algumas idéias desconstrutivistas, como as do Derrida. Isso traria, segundo eles, uma série de conseqüências práticas ao trabalho e uma série de desvantagens. Como é abrir mão da autoria, se dependemos dela para veicular, divulgar, materializar o nosso trabalho?
O Neto trouxe também como referência um livro que ele está lendo (não lembro o nome), que trazia uma série de conceitos e discussões sobre a idéia de posse. Tratava-se de cartas, escritas por um coletivo de filósofos, na Rússia, por vota da década de 1920. Citou uma frase que era mais ou menos assim: “possuir é tomar um bem para si, de forma que outros não possam desfrutar dele”.
Ainda sobre o Derrida, estou emprestando o livro para que aos poucos as pessoas possam xerocar o Assinatura Acontecimento Contexto . Expliquei mais ou menos do que se tratava: o texto que consta no Ltd. Inc. é uma resposta do Derrida a uma resposta que o John Searl escreveu a um texto do Derrida. Ali o Derrida questiona, entre outras coisas, o que é assinatura – se seria possível, por exemplo, reinvindicar a sua parcela de autoria no texto do Searl sobre o texto dele, já que sem um não existiria o outro. Ele questiona também que nível de conhecimento se tem de uma pessoa por suas idéias (“eu conheço John Searl?”) e se não seria a assinatura um ícone que representa não uma pessoa mas um conglomerado de discursos.
Questionei sobre o Pílulas de deslocamento da Cris, se não havia uma incongruência entre fazer um trabalho que parte da anonimidade, e depois dar um título, veicular no portfólio pessoal, no currículo. Ela diz que a idéia principal não é anonimidade, mas deixar para trás. E pensa em de certa forma “assinar” as peças, com uma couve-flor pink, e um endereço de e-mail, que serviria não para responder, mas sim para ver se vem alguma coisa, como um acompanhamento.
Nesse ponto a conversa estava encerrando, eu estava com pressa de ir para casa, por razões romântico-afetivas, o Ricardo podre de ressaca, passou por uma espécie de descarrego com folhas de tabaco, rapé e chimarrão.
Ficamos de encontrar de todo modo no MSN no domingo, a partir das 14h – o que eu não fiz, por razões romântico-afetivas. Me contem se e o que rolou.

Beijos a todos.

P.S.1: Pela extensão das nossas conversas, e também para que possamos divulgar e começar a abrir o projeto, decidimos que seria necessário que eu colocasse o blogue no ar ainda esta semana, o que eu vou fazer. Vai ser necessário daí que a gente migre essas discussões para lá, ao invés dos e-mails. Estou organizando também os e-mails que a gente já tem para publicar no blogue, antes que a gente comece a postar coisas novas, porque aí as coisas ficam em ordem cronológica.

P.S.2: Observei uma coisa nessas atas que acho legal comentar. No começo eu atribuía muito mais autoria às discussões (“o Neto falou isso”, “o Ricardo concordou” etc.). Observei que tenho escrito muito mais no plural (“dissemos que”, “concordamos que”). Pensei se não seria uma tendência minha (minha? que minha?) a pensar menos em autores. Mas acho que talvez seja porque temos produzido mais em conjunto. Observem que nesta agora as “questões práticas” estão mais no plural – acredito que porque estamos falando mais coletivamente – e as “teóricas” têm mais indicações de autor – e talvez seja porque estamos começando a discutir essas coisas há pouco tempo. Não acho que isso nos levaria a um pensamento comum, o que seria impraticável e bem pouco produtivo, mas que estamos encontrando aos poucos um discurso e um vocabulário coletivos para articular as diferenças, e isso me parece bem bonito.



Ata – Reunião – 06/07/06
julho 20, 2006, 7:23 am
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Gustavo Bitencourt 

De novo vou fazer a ata, mas fica aberta a adendos e correções de todo mundo.

Nos encontramos mais ou menos às 20h na minha casa, primeiro eu, Sté e Ricardo e, logo após, Cris e Neto.

Antes da Cris e do Neto chegarem, eu, Sté e o Ricardo conversamos sobre algumas coisas: definir alguns itens da pauta, as dúvidas e colocações da Stéphany sobre o vídeo (que ela já detalhou bem nestes últimos e-mails, não vou explicar muito), e um projeto que eu tou começando a esboçar para uma ação que acontece via site, explico melhor no próximo e-mail.

Definimos como indispensável pra pauta tratarmos inicialmente da grana e dos contratos, e falar sobre o lançamento. Ressaltou-se a necessidade de compartilhar mais os processos criativos que já estão rolando, tudo por e-mail, para que sempre se esteja aberto a interferência. Também a necessidade de marcarmos já reuniões, tanto ao vivo quanto virtuais, periodicamente.

Chegando a Cris, começamos a tratar do contrato com a Aspart e do termo de compromisso. Bom, ninguém apresentou maiores dúvidas quanto aos termos do contrato com a Aspart, mas cabe aqui dar uma explicada no que o Ricardo contou: chama-se um “contrato de gaveta”, ou seja, serve apenas para alguma eventualidade. Isso porque os termos são semelhantes aos de um contrato trabalhista, e caso fosse um contrato efetivo acarretaria uma série de tributos principalmente para a Aspart.

Sobre o termo de compromisso surgiram algumas dúvidas quanto ao caso de rescisão de contrato por parte de um de nós. No contrato mencionava-se que no caso de alguém desistir, teria que ficar apenas com o dinheiro referente ao tempo em que trabalhou no projeto. Achamos que seria melhor se fosse reescrito para que se restituísse 60% do que foi recebido até a desistência. Ainda, a redação mencionava o pagamento em parcelas, achamos que seria melhor se o contrato trouxesse a forma de pagamento em aberto. O Ricardo vai reescrever e mandar pra todos.

Sobre o dinheiro, o Ricardo teve uma conversa com a Michelle da Aspart que não se opôs à proposição de que fosse criada uma conta adjacente para o projeto, que pudesse ser movimentada por nós. O problema é o que o estatuto da Aspart determina que apenas o diretor financeiro ou o presidente podem movimentar o dinheiro. Assim é preciso uma espécie de procuração supercomplicada e específica, e mais uma série de documentos que eles estão providenciando. Optamos também por não pegar nenhuma grana ainda, e esperar essa situação se acertar antes de começarmos a movimentar.

Chegando o Neto, pegou um finalzinho desse assunto, e o Ricardo apontou que era importante que fosse feito um novo orçamento com as nossas despesas obrigatórias (por exemplo, passagens, cachês, impostos), para que víssemos como podemos ter mobilidade para a criação e produção. O Neto se comprometeu a fazer esse orçamento.

Abordamos o assunto da FNAC e do lançamento do projeto. A notícia que o Neto trouxe é que esteve com a responsável pelos eventos aqui em Curitiba. Ela falou que antes de qualquer coisa, o projeto passa por uma aprovação do departamento financeiro, ou seja, só chegam até ela novamente os projetos que sejam considerados rentáveis, direta ou indiretamente.

Como o Neto comentou com ela sobre o catálogo, ela quis saber se seria vendido ou distribuído, qual seria a tiragem, o público, se seria por alguma editora etc. Bom, aí entramos numa discussão um pouco mais longa sobre o teor desse catálogo, se seria produção de conhecimento ou apenas um mostruário, se traria textos de outros artistas/críticos. Aí para elaborarmos um projeto, que deve ser entregue o mais tardar na segunda, se quisermos uma data ainda em agosto, teríamos que trabalhar nisso esse fim-de-semana. Então discutimos também o formato/tamanho, número de páginas, para que eu pudesse orçar e a Cris e eu nos encarregamos de elaborar o projeto, explicando mais sobre esse lançamento até segunda-feira de manhã.

Eu opus uma certa resistência a fazer o lançamento agora, pois achei que em não estando tudo pronto e tinindo de brilhante poderíamos queimar a ficha com imprensa e público, e fechar algumas portas. Além disso, tenho as minhas ressalvas quanto ao lançamento se dar em Curitiba. Mas me convenceram que não, que é bom que isso seja um lançamento do início, uma abertura para que o projeto possa começar a ser construído a partir da colaboração de todo mundo, e eu achei lindo. Mas ficou decidido que é importante ter tudo isso muito claro na divulgação, porque é muito difícil convencer as pessoas que um lançamento não é resultado. E ainda acho complicado pensar em elaborar um texto que ressalte as qualidades vendáveis desse lançamento para a FNAC.

Bom, essa conversa foi um pouco longe, cheia de idéias e coisas, e eu não consigo relatar tudo.

Entramos então na necessidade de termos reuniões ao vivo toda semana, e depois de muito vai e vem conseguimos estabelecer sábado, ao meio-dia, a gente almoça junto e fica debatendo até umas quatro, cada sábado na casa de alguém. Neste sábado agora (dia 8, amanhã?) ainda não, porque eu o Ricardo e o Neto precisamos de uma 1a. reunião sobre espetáculo. Mas, a aprtir do próximo sábado (dia 15) já dá, começando na casa da Stéphany.

Falamos também sobre reuniões virtuais a cada duas semanas, por MSN, para que os distantes – Michelle, Beti, e logo logo a Cris – também possam participar. Pensamos em marcar às 14h, um domingo sim e outro não, porque achamos que seria o dia mais fácil para todo mundo (Mi? Beti?). Isso começaria no domingo, dia 18.

E aí foi isso, todo mundo deu tchau e foi saindo, falando, marcando coisas, e me deixaram só de penhoar naquela cama enorme, fumando long slims e cheio de problemas pra pensar.



Ata – Reunião – 11/6/06
julho 20, 2006, 7:18 am
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Gustavo Bitencourt 

Prelúdio: Antes de começarmos a reunião propriamente dita, eu, a Michelle, a Stephany, e depois o Ricardo e o Neto, discutimos um pouco sobre a proposta do Pablo para a formação de uma Oscip. Para quem não sabe, a Oscip é uma organização com finalidade social, assim como uma ONG, mas num formato que permite uma série de facilidades burocráticas e tributárias, além de poder contar em alguns casos com apoio do governo, que tem interesse em facilitar, “terceirizando” determinados trabalhos sociais. O Pablo nos propôs criarmos uma Oscip cultural, visando o fomento à produção contemporânea, e para isso marcou uma reunião no sábado (03.06), à qual compareceram apenas o Pablo, a Stéphany e o Ricardo. Naquela reunião, o Ricardo se manifestou contra, por fatores pessoais (incompatibilidade de trabalho com o Pablo), e também por acreditar que a organização de uma Oscip, que requer uma diretoria com presidente, secretário, tesoureiro, etc. – iria contra o que propomos como coletivo. Considerando tudo isso, pensamos em possibilidades de organização jurídica, para que possamos futuramente realizar projetos mais amplos (como festivais, programas de residências, manutenção de um espaço de pesquisa), ao que se concordou que a organização de uma cooperativa estaria mais próxima de nossa proposta não-hierárquica. Entretanto, uma cooperativa apresenta maiores problemas quanto à carga tributária. De qualquer modo, isso seria um projeto a médio prazo.

Reunião – pauta: Definimos como aspectos a serem tratados: 1. questões financeiras e burocráticas para o recebimento e uso do dinheiro, 2. estabelecimento de um cronograma de gastos e trabalho (incluindo datas de apresentações e questões específicas da produção do vídeo), 3. licenciamento dos materiais que estarão disponíveis no site, 4. apoios e parcerias.

Questões financeiras e burocráticas: Ainda temos um impasse em relação à melhor forma de receber e movimentar o dinheiro do prêmio. Ainda não possuímos um contrato com a Aspart, em que as partes se comprometam. Pensamos também na melhor maneira de evitar impostos. Foram propostas 3 possibilidades:

a) manter o dinheiro na conta da Aspart, e retirar conforme a necessidade, de acordo com um cronograma pré-estabelecido. Dessa forma evitaríamos o imposto de renda, pois a Aspart é isenta, e pagaríamos apenas a CPMF sobre a movimentação. Entretanto, é duvidoso não termos um contrato comprometendo a Aspart a nos repassar o dinheiro.

b) guardar embaixo do colchão, ou seja, como fizemos no Mostra Tudo, o dinheiro seria retirado integralmente, e distribuído entre os integrantes. Desta forma, seria evitado o IR que pagaríamos se transferíssemos o dinheiro para outra(s) conta(s).

c) abertura de uma conta de projeto cultural. A Cris lembrou que os projetos da Rounaet, por exemplo, devem abrir uma conta especial para projeto cultural, que é isenta de uma série de tributações. Ela se comprometeu a se informar melhor sobre isso, e todos concordamos que se for possível, é a melhor saída.

1.1. Planos de investimento: O Neto deu uma pesquisada em planos de investimento, como fundos de renda fixa e outras linhas de aplicação. Achamos interessante a proposta de um fundo de renda fixa, que rende em média 1% ao mês (o que já cobriria a CPMF), e que é um investimento de baixo risco que pode ser retirado a qualquer hora. Outras proposta foi a de pesquisar linhas de investimento que a Aspart já têm contratadas, caso o dinheiro fique realmente na conta deles.

1.2. Contrato com a Aspart: A idéia de um contrato com a Aspart que assegure as responsabilidades de ambas as partes também resultou num impasse. A primeira proposta foi a de um contrato de trabalho, em que a Aspart nos contrataria para realizar o projeto. Entretanto, isso incidiria em ISS e INSS. Pensamos também que, como somos associados, teríamos, talvez, de acordo com o estatuto da Aspart, o direito de movimentar esse dinheiro. O Ricardo ficou de obter mais informações com a mãe dele que é advogada, e também com a Michele da Aspart.

Cronograma de gastos e trabalho: Não conseguimos estabelecer um cronograma de gastos, até porque caso a proposta de conta de projeto cultural seja viável, isso não seria tão urgente. Entretanto, alguns aspectos ficaram definidos quanto ao programa de trabalho. Por exemplo, a Cris pretende apresentar alguma parte do processo dela, o que concordamos que poderia ser uma abertura do projeto, antes de ir para NY. Isso se daria ao final de julho ou início de agosto, e ficamos com a data provisória de 5 de agosto, quando se daria também o lançamento do site. Definimos também umas datas provisórias para as apresentações, que seriam os 3 primeiros fins-de-semana de novembro (3 dias em cada cidade). A Michelle sugeriu também que tentássemos vender uma pré-estréia no Panorama (final de outubro, início de novembro). Como o orçamento previa viagens sem escala (BH-POA-CWB), isso aumentaria os custos de viagem. O Neto ficou de pesquisar preços promocionais de passagem, para cobrir essa diferença (o que ele já fez, pelo que eu vi). Bom, com essas datas, definimos que seria importante ter os “produtos” (vídeo e espetáculo) bem adiantados já ao final de setembro, e que outubro seria o mês para a finalização. Outro produto que deve estar pronto por essa data é uma sugestão da Cris, que já havíamos discutido no ano passado. Trata-se de um catálogo que não apenas fale do projeto, mas que seja um registro histórico de nosso trabalho, e que poderia ser vendido após as apresentações. Ele pode também vir acompanhado de um DVD promocional do projeto, o que ajudaria a vender apresentações para festivais e instituições, facilitar a divulgação junto à imprensa, além de servir de material de divulgação para nossos trabalhos individualmente. Já quanto aos gastos, ficaram definidas algumas coisas. Por exemplo, definiu-se que o vídeo deverá gastar em torno de 4.500 reais, para um vídeo-arte com 10 minutos aproximadamente. Quanto aos cachês, a maioria preferiu receber mês a mês (de julho a outubro – em novembro poderia haver um rateio de que for excedente, se houver), mas concordou-se que seria necessário que cada um faça sua opção. Há em orçamento 6 mil de cachê por artista, para todo o projeto. Outra questão que foi levantada é se haveria uma divisão mais rígida de tarefas para a realização do vídeo e do espetáculo. Por exemplo, a Stéphany e a Michelle se mostraram mais interessadas na criação e montagem do vídeo, ao passo que eu, o Neto e o Ricardo, até pela proximidade física, poderíamos estar mais ligados ao espetáculo. Entretanto houve um consenso de que mesmo havendo essas divisões inicialmente, elas não são divisões definitivas, e podem ser um ponto de partida para trabalhos e ações que se contaminam mutuamente.

Licenciamento dos materiais que estarão disponíveis no site: A questão que se propôs era sobre como seriam disponibilizados os materiais no site, se poderiam ser reproduzidos e por quem, mas isso se estendeu para os créditos e autoria de forma geral. Discutiu-se, a princípio, se deveriam ser todos creditados por cada tarefa realizada individualmente, ou como parte do coletivo, ou nem uma coisa nem outra. Por exemplo, no programa, constaria “Vídeo – Stéphany e Michelle”, ou tudo seria uma realização Couve-flor? Seriam creditadas todas as pessoas que contribuírem direta ou indiretamente, por exemplo, por meio da lista de discussões? A maioria parece concordar que é importante especificar os responsáveis por tarefas específicas (por exemplo, edição de vídeo, programação, trilha sonora), mas atribuir a criação e a concepção ao Couve-flor. Nesse ponto, devo dizer que a democracia é uma merda. E já que eu que estou escrevendo isso, faço aqui uma nota para que pensemos muito sobre isso. È um assunto muito importante, acho muuuuuito discutível a noção de autoria/autor/posse, e isso está tudo diretamente relacionado a território. Bom, quanto ao site, parecemos chegar num consenso quanto ao uso de uma licença creative commons (CC), que seja elaborada para permitir que os conteúdos sejam reproduzidos, desde que citada a fonte. Ainda podemos fazer algumas outras adaptações, por exemplo, definindo liberações diferentes para uso comercial e não-comercial, especificando se há possibilidade de traduzir, adaptar, modificar etc. Afirmo aqui também que acho isso importante não pela manutenção da autoria, mas sim pela integridade da informação. Me comprometi a enviar a todos mais informações sobre isso, e fá-lo-ei no próximo e-mail. Houve também uma ressalva quanto ao uso da mesma licença para o vídeo, que também estaria disponível no site. Como o vídeo pode ser um produto que venha servir a instituições, festivais etc., pensou-se que talvez fosse melhor, nesse caso específico, ter uma licença copyright, para que possamos cobrar pela reprodução, caso ela seja feita por uma pessoa/instituição que tenha condição de pagar. Não concordo, pois acho incongruente.

Apoios/parcerias: Não chegamos a falar disso. Algumas coisas foram comentadas no decorrer, en passant. Por exemplo, quando comentamos da necessidade de se fazer um catálogo além do programa específico do projeto, a Stéphany sugeriu que poderia se obter apoio da gráfica (pagaríamos o catálogo, mais caro, e poderíamos pedir cartaz, programa, filipeta, como apoio). A Cris comentou também da possibilidade de obter um bom desconto na hospedagem e domínio do site. O Neto se comprometeu a fazer uma lista das possíveis áreas em que poderíamos obter apoios (o que ele também já fez), e eu me comprometi a enviar o projeto em formato PDF a todos, para que se possa buscar apoiadores (o que eu só vou fazer à noite).



Ata – Reunião 25/4/06
julho 20, 2006, 7:14 am
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Gustavo Bitencourt
Prometi fazer atas de todas as reuniões, então lá vai. Fica aberto pros outros presentes acrescentarem ou discordarem.

Bom, cheguei na minha casa levemente atrasado, o Neto já tava lá no botequinho da frente comendo Fandangos. Fui comprar uma Coca, não tinha dinheiro, tive que correr no banco enquanto o Neto ficou esperando e pagou a Coca coitado. Bem a minha cara e bem a cara do Neto.

Tava todo mundo muito eufórico, tudo falando ao mesmo tempo, então provavelmente vai ficar muita coisa de fora.
Estivemos presentes: eu, o Neto, a Stephany, o Ricardo e a Cris.

Alguns pontos importantes debatidos, em ordem mais ou menos cronológica, foram:

– Aspart e impostos: Bom, toda a questão se refere ao fato de que a Aspart ficaria com 20% do total do projeto, atítulo de pagamento de impostos (16%) e taxa administrativa (4%0. O Neto comentou que eles não tiveram que pagar impostos pelo Mobiliário por se tratar de um prêmio. Ricardo já conversou com o Marcos Moraes na Funarte, eles ainda não têm uma resposta definitiva sobre essa questão. A idéia é que todos os prêmios sejam isentos de impostos (apenas imposto de renda e CPMF, pois o dinheiro entra na conta de qualquer forma), mas isso ainda está sendo debatido, pois depende da origem da verba. Se o dinheiro for realmente isento pretendemos pagar à Aspart apenas os 4%, ainda assim após uma conversa detalhada sobre o que seria essa taxa administrativa e a que ela se refere. Ressaltei a importância de que essa negociação seja feita com muito tato, pois não temos absolutamente nada acertado em contrato.

– Cartas-contratos: Nessa mencionada conversa com o Marcos Moraes, ele mencionou a necessidade de cartas dos integrantes “que não pertencem ao grupo” se compromentendo a participar do trabalho. Como na verdade nenhum de nós pertence ao grupo, pois não temos um grupo juridicamente estabelecido, a idéia é que todos nós escrevamos essas cartas. A Stéphany sugeriu que essa carta já poderia ter o formato de um contrato, e mencionou que no site do Sated-SP existem alguns modelos prontos.

– Saudade e alegria: Constatou-se que todo mundo está realmente muito feliz com o projeto e blablablá. Ninguém chorou. O Ricardo trouxe os PRIMEIROS e-mails trocados à época do festival de Araraquara e também o PRIMEIRO modelo do projeto. Ficou de passar pra todo mundo. A Cris também comentou sobre a importância de estarmos juntos nisso, e como essa história remonta à época do Ciclo, quando a Sandra Meyer, membro da comissão julgadora, acompanhava os eventos a distância.

– Espaços de apresentação: Este foi o ponto mais extensivamente discutido. A Funarte precisa da confirmação de pauta das apresentações (21, distribuídas em Curitiba, BH e POA, como nos comprometemos a fazer), e discutimos que tipo de espaços deveríamos buscar para essas apresentações de um espetáculo-mostra-show que não temos idéia de como pode vir a ser. Eu me coloquei manifestamente a favor do agendamento de teatros razoavelmente grandes com palco italiano, pensando nisso como uma provocação e um desafio em relação às nossas trajetórias. A Stéphany ressaltou também a questão prática, a maior facilidade de acesso, por exemplo, a equipamento de luz e som em teatros convencionais. A Cris expressamente contra, defendeu a idéia de espaços alternativos, justamente devido às nossas trajetórias estarem ligadas a trabalhos mais intimistas, e também pela incongruência entre o tema da pesquisa (territórios) e um palco italiano. O Ricardo se posicionou por espaços que englobem as duas possibilidades, como por exemplo o Gasômetro e o Mário Quintana, onde mesmo se agendando, por exemplo, um anfiteatro, teríamos a possibilidade de negociar o uso de outros espaços adjacentes durante o processo, se houver necessidade. Pensando em possíveis espaços em Curitiba, foram apontados o José Maria Santos, o Guairinha (polêmico), o Museu Oscar Niemeyer (que tem o teatro e outros espaços). A Stéphany ressaltou que era importante se discutir a questão por e-mail entre todos (Beti e Mi) antes de tomarmos uma decisão.

– Parcerias: É fato que, isentos ou não de impostos, a grana de que dispomos não é tanta assim. Fomos unânimes em relação à necessidade de se buscar parcerias e apoios. Algumas áreas que achamos importantes, por exemplo, foram: espaços para ensaio e apresentação, sendo o Guaíra uma possiblidade; o Ricardo comentou a possibilidade de se obter passagens junto à Secretaria de Educação oferecendo o workshop como contrapartida, a Cris comentou a possibilidade de pensar por exemplo no estúdio fotográfico da Mila Jung, pensando em um fotógrafo que acompanhasse o processo a fim de fazer uma exposição posteriormente; estúdio de gravação de som; internet (servidor e domínio); material gráfico (o Neto comentou que a gráfica deu um apoio de quase 50% para o Mobiliário por ser um projeto Funarte).

– Produções locais: O Ricardo lembrou da dificuldade que tivemos com a produção local de POA na época do Mostra Tudo. Chegou-se a cogitar a hipótese de substituir Porto Alegre por Floripa em nosso itinerário, mas optamos por ficar com POA mesmo, porque isso já está definido no projeto, e por ser uma cidade com uma cena independente mais sólida. Eu e o Neto nos comprometemos a tentar arranjar indicações de produtores locais decentes por lá, o mais rápido possível, pois o Ricardo vai pra lá esse fim-de-semana, e seria legal já poder conhecer a(s) pessoa(s). Quanto a BH, pensa-se na boa e querida Keyla, visando um intercâmbio de produções, ainda mais porque o projeto deles também foi aprovado. Curitiba, sempre tudo meio nublado. Mas um ponto tocado en passant, e que eu acho importante enfatizar agora, é a necessidade de deixar Curitiba por último no itinerário das apresentações, pois assim será mais fácil de divulgar.

– E-mails: Achamos que seria bom que todos os e-mails relativos ao projeto, a partir de agora, fossem enviados diretamente para o falecomcouveflor@gmail.com. Para identificar o que é de quem, dá pra especificar no título algo como “de Gustavo para Todo Mundo”, ou “De Gustavo para Ricardo” quando for um assunto mais específico. Assim todos podem entrar lá e ler, fica tipo um blogue, só que fechado. Todo mundo tem a senha né? Aí nem precisa montar a lista de discussão por enquanto, e não fica enchendo a caixa de todos. É uma idéia ótima na verdade, acabei de me tocar. Parabéns, gente, como vocês são espertos! Então, a partir de agora, tudo só pra lá heim? Bem direitinho.

– Couves pinks: A Cris trouxe uma idéia para um primeiro experimento-divulgação: colocaríamos em diversos lugares públicos várias couves-flores (couves-flor?) tingidas de pink (com anilina, tinta, beterraba, violeta genciana) e fotografaríamos. É um experimento que a Beti pode fazer na França e a Mi pode fazer no Rio e a Gente pode ir fazendo aqui. E já funciona como uma micareta pro nosso trabalho, tipo “demos abertura às nossas festividades”.

Baci a tutti,

Gustavo.